14 novembro 2009

Popa Falls - Namíbia


Pôr do sol no rio Zambeze - Fronteira Namíbia/Zâmbia


Popa Falls - Namíbia



De canoa nas Popa Falls - Namíbia

Hipopótamos - Rio Okavango - Namíbia


Houvesse mais tempo e o regresso certamente incluiria uma visita à linda região do Delta do rio Okavango – o rio que desagua no deserto - e aos seus Parques Nacionais tão ricos em vida selvagem em estado puro. Mas como tempo não estica o caminho de volta apenas permitiu breves paragens em pontos que haviam sido mapeados na ida.

Logo a zona de Katima Mulilo e a sua ligação ao mítico rio Zambeze que nesta zona ainda se apresenta sereno e ordeiro, não deixando adivinhar a revolução em que se envolve uns quilómetros mais adiante. E o por do sol, neste ambiente africano, é deveras inesquecível.

Depois visitar as Popa Falls. Uma parte em que as águas, até aí calmas, do rio Okavango se encontram com uns acidentes de percurso formando uns revoltos e pitorescos rápidos de água bem branca.

Um pouco mais à frente, quando o rio se acalma de novo, uma comunidade de hipopótamos que passam o dia a banhar-se, sem sequer se importarem com os pescadores em frágeis canoas com quem partilham o rio, atendem pacientemente os raros turistas que os visitam e fotografam avidamente.

Por fim, o regresso de muitos quilómetros pela imensa planície namibiana de volta à fronteira com Angola para, no dia seguinte bem cedo, apanhar o voo de regresso a Luanda e à vida real.

13 novembro 2009

Victoria Falls - Zâmbia


Victoria Falls - Zâmbia


Victoria Falls - Zâmbia

Victoria Falls - Zâmbia

Victoria Falls - Zâmbia


Museu - Cidade de Livingstone - Zâmbia

Em 2000, na minha primeira grande viagem de aventura, fiz um périplo por quatro países da África Austral e um dos pontos altos dessa viagem foi a visita às Victoria Falls do lado do, já à época, instável Zimbabwe. Por isso, para mim tratou-se de um regresso a esta Maravilha Natural com a novidade de desta vez ter chegado pelo lado oposto, ou seja através da Zâmbia.

Entenda-se que as cataratas são as mesmas mas como a fronteira é o rio Zambeze, que naquela zona se alarga por se por mais de 1,5 km antes da vertiginosa queda de mais de 100 metros, resulta que cada um dos dois países possuí metade das cataratas. E ao que parece não há entendimento entre as autoridades das duas nações para facilitar o acesso dos turistas à extensão total das Cataratas. Por isso a maior parte dos visitantes acaba por visitar apenas uma parte ou a outra, como me aconteceu em 2000.

Agora completei o circuito. E como o espectáculo é realmente deslumbrante, desta vez, permiti-me mesmo observá-lo de cima numa viagem de helicóptero que para além de grandes fotos deu para ter uma perspectiva total da grandiosidade do local. Espero que também gostem!

12 novembro 2009

Faixa de Caprivi - Namíbia


Transcaprivi - Namíbia



Macaco na berma da estrada - Namíbia


Elefante tresmalhado - Namíbia

Avestruzes em fuga - Namíbia

Apenas cinco dias para uma viagem de muitos quilómetros e quase nenhuma margem para improvisos. O plano para o primeiro dia era apanhar, bem cedo, o voo interno de Luanda para Ondjiva no extremo sul de Angola, passar a fronteira para a Namíbia, apanhar o carro previamente alugado pela internet na primeira cidade a seguir à fronteira e fazer o máximo de quilómetros na direcção da Faixa de Caprivi. Mesmo com atraso no voo da TAAG ainda foi possível chegar à sossegada cidade de Tsumeb, já bem no coração da Namíbia, para pernoitar.

No dia seguinte bem antes do nascer do sol já o Hyunday Tucson com volante do lado direito estava de novo em marcha para percorrer os quase mil quilómetros até ao objectivo do dia que era chegar às Victoria Falls. Para lá chegar tivemos de atravessar uma das mais míticas estradas do mundo - a Transcaprivi - que percorre toda a Faixa de Caprivi e onde durante boa parte do percurso atravessa uma reserva de animais selvagens em que não é invulgar ter de dar passagem a alguma manada de elefantes, uma família de macacos ou a algum hipopótamo tresmalhado. E não é fantasia pois acabou mesmo por acontecer.

Formalidades fronteiriças efectuadas e a meio da tarde a Zâmbia estava já alcançada. Mais duzentos quilómetros de estrada razoável até à cidade de Livingstone (que serve de base para a visita às Victoria Falls na parte Zambiana) e o objectivo do dia tinha sido cumprido.

11 novembro 2009

Namíbia e Zâmbia 2009


Faixa de Caprivi - Namíbia

Apenas cinco dias de viagem para um itinerário ambicioso. No final foram 2800 kms com passagens pela lendária Faixa de Caprivi e pelas colossais Vitoria Falls (cataratas), encontros imediatos com alguns dos maiores mamíferos do planeta e mais umas quantas histórias para mais tarde recordar.

Brevemente algumas fotos e relatos desses dias intensos neste blog.

30 abril 2009

Andorra a Velha - Andorra



Pistas de esqui- Andorra


Em grande estilo - Andorra


Vista - Andorra


A experimentar o equipamento - Andorra


«Final de Abril ainda com tanta neve nos Picos da Europa! C
ertamente que em Andorra não estará diferente. Porque não ir conhecer o pequeno principado e experimentar as pistas de esqui que tantos turistas de inverno atraem?» - Foi esta convicção que nos moveu, a mim e aos meus companheiros de viagem, para o minúsculo país encravado entre Espanha e França.

E de facto as pistas de esqui ainda estavam abertas, apesar de já com pouco afluência por ser fim de temporada. Por isso tive todo o espaço do mundo para me aventurar pela primeira vez no esqui na neve e logo como auto-didacta. Apesar dos vários trambolhões, para primeira experiência tenho a impressão que até não me saí muito mal. E é uma experiência que, quando tiver oportunidade, quero repetir e aperfeiçoar.

Que Andorra vive essencialmente do turismo de inverno e do comércio franco eu já sabia e pude comprovar. O que eu não sabia é que Andorra vive muito do trabalho de portugueses. Durante os dois dias que lá estive foi um desfilar de compatriotas em tudo quanto era lado. O recepcionista do hotel, português. A senhora da farmácia onde comprei um creme, portuguesa. O dono do restaurante do jantar, português. Os seus clientes, portugueses. A empregada do bar após o jantar, portuguesa. Os clientes da discoteca no final da noite, em grande número portugueses. As senhoras que prepararam o pequeno-almoço do hotel, portuguesas. Difícil não me sentir em casa!

Sei agora que cerca de 25% dos habitantes de Andorra são portugueses e esses certamente percorrem frequentemente os mesmos mil e tantos quilómetros que me trouxeram de regresso a Portugal, após uns dias de agradável evasão.

28 abril 2009

Picos da Europa - Espanha

Vista - Picos da Europa - Espanha



Riacho - Picos da Europa - Espanha

Aldeia de Bulnes - Picos da Europa - Espanha



Seres (uns voam outros rastejam...) - Picos da Europa - Espanha

Dizem que lá para Agosto a rota é mais congestionada do que um carreiro de formigas rumo ao açucareiro. Mas no final do ainda frio mês Abril, quando por lá decidi passar o dia a caminhar, a Ruta Garganta del Cares – o mais popular circuito de trekking dos Picos da Europa - estava confiada a apenas uns quantos recalcitrantes amantes da caminhada na natureza a quem nem a ameaça eminente de chuva dissuadiu.

O caminho sobe e desce, curva e contracurva mas nunca se afasta muito do rio Cares durante os cerca de 9 kms do circuito. E é essa a essencial beleza do percurso que passa por pontes, túneis, desfiladeiros e gargantas aprofundadas pelo rio. A caminhada é considerada de dificuldade média mas os 9 kms transformam-se em 18 km já que o regresso tem de ser pelo mesmo caminho. Como se esta estirada não fosse bastante ainda decidi subir ao remoto povoado de Bulnes. E aqui o trilho apesar de mais curto é bem mais exigente!

Enfim, foram cerca de 10 horas de natureza no seu estado genuíno, ar puro e cândidas paisagens. Calcorrear o coração dos Picos da Europa cansou-me as pernas mas fez-me muito bem ao espírito.

27 abril 2009

Picos da Europa - Espanha

Basílica de Covadonga - Picos da Europa - Espanha



Lago Enol - Picos da Europa - Espanha



Lago Ercina - Picos da Europa - Espanha

O Parque Nacional Picos da Europa, essa singular cordilheira de montanhas que se estende pelas províncias espanholas de Astúrias, Cantábria e Castilla León, foi o destino que se seguiu.

O primeiro dia foi dedicado aos cartões postais do parque. Logo o Santuário de Covadonga erigido como símbolo da Reconquista já que foi algures por aqui que, em 722 DC, os cristãos ganharam a primeira batalha aos muçulmanos, numa tarefa que continuaria pelos 800 anos seguintes. É actualmente local de peregrinação não só pela elegante basílica ao estilo neo-Romanesco característico nas catedrais do centro da Europa mas também por uma Cave – a Santa Cueva – onde a Virgem terá aparecido aos guerreiros antes da histórica batalha. À atenção das moças casadoiras: abaixo da cave fica a Fonte Siete Caños que supostamente assegura casamento no espaço de um ano às meninas que nela beberem.

Depois, subindo uns inclinados 12 kms, naquela que é uma das mais populares e exigentes etapas da volta à Espanha em bicicleta, chega-se à zona dos lagos glaciares de Covadonga. Já acima dos mil metros e com os picos das montanhas cobertos de neve bem à vista dois pitorescos lagos – Lago Enol e Lago Ercina – e um agradável caminho/circuito a ligá-los. Excelente para desentorpecer as pernas!

26 abril 2009

Astúrias - Espanha


Catedral - Oviedo - Espanha


Plaza Mayor - Oviedo - Espanha

Vista - Gijón - Espanha

Da Galiza foi tempo de rumar à histórica província das Astúrias, território a partir do qual se iniciou a reconquista da Península Ibérica à ocupação moura.

Foi "A muito nobre, muito leal, heróica, invicta, benemérita e boa cidade de Oviedo" que me acolheu no meu primeiro dia nas Astúrias. É o lema inscrito no brasão da cidade e eu não tenho nada a opor.

A capital das Astúrias além de todos estes atributos também deixa perceber que oferece aos seus habitantes uma invejável qualidade de vida. Na minha curta estada por lá pouco mais deu para visitar que o seu muito bem cuidado centro histórico e fazer o circuito das Sidrerias pela inevitável Gascona - a avenida da Sidra.

De Oviedo já se avista ao longe aquele que foi o principal motivo da escolha desta zona para esta viagem de uma semana: o Parque Nacional Picos da Europa. Antes apenas uma curta visita à bem cuidada cidade costeira de Gijón e logo o GPS apontou para os Picos da Europa.

25 abril 2009

Galiza - Espanha

Rua no Casco Viejo - Vigo - Espanha


Vista - Corunha - Espanha

Vista - Cabo Finisterra - Espanha


Junto à Catedral - Santiago de Compostela - Espanha


Muitas vezes me perguntam:
- E pela Europa tens viajado muito?
Sempre respondo:
- Nem por isso. A Europa por regra é mais fácil de viajar, por isso posso conhecer quando for mais velhote.

Mas desta vez esta regra virou excepção e acabei por ficar mesmo pela vizinha Espanha com um saltinho a Andorra. A Espanha já tinha ido diversas vezes mas nunca tão a norte. Por isso desta vez o roteiro foi via norte de Portugal em direcção à verdejante província da Galiza.

E por lá fiz um pequeno périplo pelas suas cidades mais importantes. Primeiro por Vigo a maior cidade da Galiza e principal porto pesqueiro da Europa. Depois pela labiríntica cidade da Corunha rodeada de mar por quase todos os lados. A cidade, onde logo ressalta à vista a emblemática Torre / Farol de Hércules, serviu não só de pernoita como para degustar o afamado e altamente recomendado Pulpo a la Gallega.

No dia seguinte uma simbólica passagem pelo Cabo Finisterra (ou Fisterra como também é denominado) onde felizmente já não são visíveis vestígios da trágica passagem, em 2002, do petroleiro Prestige por esta zona.

Por fim a visita à cidade mais famosa e que mais turistas atrai a esta parte de Espanha - Santiago de Compostela. Aqui terminam as suas peregrinações os inúmeros devotos que um pouco por toda a Galiza e não só fui vendo caminhar ao longo da estrada. E a mística da cidade é irremediavelmente marcada por este vai e vem de gente que solitariamente ou em grupo se procura introspeccionar pelos caminhos de Santiago. Para esses a sumptuosa Catedral românica é por isso não só uma meta, como muitas vezes um marco para um novo começo. Para mim, um agnóstico assumido, foi apenas mais uma bela e rica obra eclesiástica.

24 abril 2009

Espanha e Andorra 2009

Picos da Europa - Espanha

Como actualmente a vida não me permite viagens de duração mais extensa vou tendo que me contentar com umas fugidinhas de curta duração.

Foi isso que fiz recentemente quando visitei o norte de Espanha e o Principado de Andorra. Sete escassos dias que ainda assim proporcionaram algumas fotos e aventuras novas que pretendo partilhar brevemente neste blog. Contem com isso...